domingo, 28 de novembro de 2010

A Experiência de Formação da Escola Nacional Florestan Fernandes



A AENFF-RJ convida para o debate:
A Experiência de Formação da Escola Nacional Florestan Fernandes

Anita Prestes (UFRJ)
Gaudêncio Frigotto (UERJ)

Dia 2 de dezembro - 18h30
Auditório 71 - UERJ
Rua São Francisco Xavier, n. 524 - Maracanã

sexta-feira, 22 de outubro de 2010



Palestra sobre a Coluna Prestes na UERJ
“COLUNA PRESTES: UMA EPOPEIA BRASILEIRA”
Palestra com a Professora Anita Leocadia Prestes
27 de outubro
19:30
RAV-94 Uerj



Serão concedidos certificados.

Fonte:http://prestesaressurgir.blogspot.com/2010/10/palestra-sobre-coluna-prestes-na-uerj.html

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Debate

Em 21 de setembro de 2010 a partir das 21 horas o Jornal BRASIL DE FATO estará promovendo um debate com os candidatos da esquerda que não são convidados para participação em debates da grande mídia.

Neste debate estarão presentes: Ivan Pinheiro, Zé Maria (PSTU) e Rui Pimenta (PCO).

O debate será transmitido em rede de Internet e para acessá-lo basta conectar-se com a página do BRASIL DE FATO: www.brasildefato.com.br

Para melhores detalhes acessem o link.

DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS DA ESQUERDA

21/09/2010 - 21HORAS – TERÇA-FEIRA

IVAN PINHEIRO (PCB) – RUI PIMENTA (PCO) – ZÉ MARIA (PSTU)


Assista pela página do Jornal BRASIL DE FATO - www.brasildefato.com.br

Fonte:www.pcb.org.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CHOQUE DE ORDEM - IMAGENS QUE A TV GLOBO NÃO MOSTROU




Na manhã do dia 8/10/2009 a Secretaria da Ordem Pública (SEOP), junto de cerca de 150 funcionários iniciou a retomada de área onde foi construído um prédio de seis andares no bairro Recreio dos bandeirantes. Próxima a praia, a região coleciona demolições. Há várias casas e prédios construídos de forma ilegal na região. Segundo a Prefeitura, o prédio de hoje, terá quer ser derrubado a marretadas até o terceiro andar, só depois poderão utilizar máquinas para agilizar a demolição. O prédio tinha por volta de seis famílias que tiveram - debaixo de muita chuva - retirar seus pertences enquanto funcionários já começavam a derrubar paredes na cobertura do edifício. Segundo os moradores não houve qualquer notificação prévia sobre a ação, afirmação essa, rebatida pela prefeitura que afirma que todos vem recebendo avisos desde sobre a ilegalidade da obra desde 2007.


Vale a pena se informar mais: http://www.idefacil.com.br/ouro55/?page=noticias.php&id=12853

terça-feira, 14 de setembro de 2010


VINTE ANOS SEM O CAVALEIRO DA ESPERANÇA

Anita L. Prestes

Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, faleceu em 7 de março de 1990, aos 92 anos de idade. Desde muito jovem, Prestes revelou indignação com as injustiças sociais e a miséria de nosso povo, mostrando-se preocupado com a busca de soluções efetivas para a situação deplorável em que se encontrava a população brasileira, principalmente os trabalhadores do campo, com os quais tivera contato durante a Marcha da Coluna (1924-27), que ficaria conhecida como a Coluna Prestes. Muito antes de tornar-se comunista, Prestes já era um revolucionário. Sua adesão aos ideais comunistas e ao movimento comunista apenas veio comprovar e confirmar sua vocação revolucionária, seu compromisso definitivo com a luta pela emancipação econômica, social e política do povo brasileiro. Como revolucionário Prestes foi um patriota - um homem que dedicou toda sua vida à luta por um Brasil melhor, por um Brasil onde não mais existissem a fome, a miséria, o analfabetismo, as doenças, a terrível mortalidade infantil e as demais chagas que sabidamente continuam ainda hoje a infelicitar nosso país.
A descoberta da teoria marxista e a consequente adesão ao comunismo representaram, para Prestes, o encontro com uma perspectiva, que lhe pareceu factível, de realização dos anseios revolucionários por ele até então alimentados, principalmente durante a Marcha da Coluna. A luta à qual resolvera dedicar sua vida encontrava, dessa forma, um embasamento teórico e um instrumento para ser levada adiante - o Partido Comunista. O Cavaleiro da Esperança, uma vez convencido da justeza dos novos ideais que abraçara, tornava-se também um comunista convicto e disposto a enfrentar toda sorte de sacrifícios na luta pelos objetivos traçados.
No processo de aproximação ao PCB, Prestes rompeu de público com seus antigos companheiros - os jovens militares rebeldes conhecidos como os “tenentes” -, posicionando-se abertamente a favor do programa da “revolução agrária e antiimperialista” defendido pelos comunistas brasileiros. Seu Manifesto de Maio de 1930 consagra o início de uma nova fase na vida do Cavaleiro da Esperança. A partir daquele momento, Prestes deixava definitivamente para trás os antigos compromissos com o liberalismo dos “tenentes” e enveredava pela via da luta pelos ideais comunistas que passariam a nortear toda sua vida.
Pela primeira vez na história do Brasil, uma liderança de grande projeção nacional, a personalidade de maior destaque no movimento tenentista, - na qual apostavam suas cartas as elites oligárquicas oposicionistas, na expectativa de que o Cavaleiro da Esperança pusesse seu cabedal político a serviço dos seus objetivos, aceitando participar do poder para melhor servi-las -, recusa tal poder, rompendo com os políticos das classes dominantes para juntar-se aos explorados e oprimidos, para colocar-se do lado oposto da grande trincheira aberta pelo conflito entre as classes dominantes e as dominadas, entre exploradores e explorados. Prestes tomava o partido dos oprimidos, abandonando as hostes das elites comprometidas com os donos do poder, não vacilando jamais diante dos grandes sacrifícios que tal opção lhe acarretaria.
Tratava-se de um fato inédito, jamais visto no Brasil. Luiz Carlos Prestes, capitão do Exército, que se tornara general da Coluna Invicta, que fora reconhecido como liderança máxima das forças oposicionistas ao esquema de poder vigente no Brasil até 1930, talhado, portanto, para transformar-se no líder da “revolução” das elites oligárquicas, numa liderança política confiável dessas elites, usava seu prestígio para indicar ao povo brasileiro um outro caminho – o caminho da luta pela reforma agrária radical e pela emancipação nacional do domínio imperialista, o caminho da revolução social e da luta pelo socialismo.
Como foi sempre coerente consigo mesmo e com os ideais revolucionários a que dedicou sua vida, sem jamais se dobrar diante de interesses menores ou de caráter pessoal, Prestes despertou o ódio dos donos do poder, que se esforçariam por criar uma História Oficial deturpadora tanto de sua trajetória política quanto da história brasileira contemporânea.
Mesmo após seu falecimento, Prestes continua a incomodar os donos do poder, o que se verifica pelo fato de sua vida e suas atitudes não deixarem de serem atacadas e/ou deturpadas, com insistência aparentemente surpreendente, uma vez que se trata de uma liderança do passado, que não mais está disputando qualquer espaço político. Num país em que praticamente inexiste uma memória histórica, em que os donos do poder sempre tiveram força suficiente para impedir que essa memória histórica fosse cultivada, presenciamos um esforço sutil, mas constante, desenvolvido através de modernos e possantes meios de comunicação, de dificultar às novas gerações o conhecimento da vida e da luta de homens como Luiz Carlos Prestes, cujo passado pode servir de exemplo para os jovens de hoje.
Luiz Carlos Prestes dedicou 70 anos de sua vida à luta por um futuro de justiça social e liberdade para o povo brasileiro. O legado revolucionário de Luiz Carlos Prestes deve ser preservado e desenvolvido pelas novas gerações de brasileiros e de latino-americanos. Esta a razão por que hoje, no âmbito das comemorações do 90° aniversário da UFRJ, assinalamos a passagem de vinte anos do desaparecimento do Cavaleiro da Esperança homenageando sua memória.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

20 anos sem o Cavaleiro da Esperança




Como parte das comemorações pelos 90 anos da UFRJ, a Reitoria promoverá o evento “Seminário e Exposição PRESTES – 20 anos sem o Cavaleiro da Esperança”. Trata-se de uma série de atividades no Campus da Praia Vermelha e na Cidade Universitária – Ilha do Fundão.

Eis a programação:

Campus Praia Vermelha (Av. Pasteur, 250, Praia Vermelha, Urca, RJ)

Dia 13/09

14:30h Abertura
Conferência de Abertura “Luiz Carlos Prestes: 70 anos de história do Brasil” – Profa Anita Leocadia Prestes (integrantes da mesa: Decano do CFCH, Professor Marcelo Macedo Castro, e o Reitor da UFRJ, Professor Aloísio Teixeira).
Auditório Manoel Maurício/CFCH

16:00h Exposição, livro, curtas e entrevistas
Abertura da Exposição “20 anos sem o Cavaleiro da Esperança” e lançamento do livro da Profa. Anita Prestes
(A exposição no hall do FCC até 17/09): Exibição dos “banners” e projeção de curtas e entrevistas.
Hall do Fórum de Ciência e Cultura

18:00h Show Monarco da Portela
Teatro de Arena

Dia 14/09

10h Mesa de Debate
“20 anos sem o Cavaleiro da Esperança” – Integrantes: José Paulo Netto, Lincoln de Abreu Penna e José Jonas Duarte da Costa
Auditório Manoel Maurício/CFCH

15h Espetáculo teatral "Limites do Impossível"
Com Tuca e Luiz Fernando Lobo
Auditório Manoel Maurício/CFCH


Cidade Universitária
Ilha do Fundão

A exposição seguirá para o prédio da Reitoria da UFRJ no dia 20/09, permanecendo até dia 24/09

Dia 20/09

11h Mesa de Debate “O legado de Luiz Carlos Prestes para a política nacional”Integrantes: Aloísio Teixeira, Anita Prestes e Sérgio Soares Braga
Auditório G2 – Faculdade de Letras

13h Exposição, CD multimídia

Abertura da Exposição e lançamento do CD multimídia
Hall da Reitoria

14h Show Monarco da Portela
Hall da Reitoria

Dia 21/09

14h Espetáculo teatral “Limites do Impossível”Realização Companhia Ensaio Aberto
Sala João do Rio – Faculdade de Letras

Começa hoje einh gente! Vamos preservar a memória do nosso "velho", para servir ainda mais de inspiração aos jovens que estão por vir.


Fonte: http://prestesaressurgir.blogspot.com/2010/09/prestes-20-anos-sem-o-cavaleiro-da.html

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Muro da vergonha


Foto extraída do Flickr do Marcos Paulo

Uns precisam delas prá continuar com sua realidade, outros mais ainda para fugir da realidade. As linhas Vermelhas e Amarela (assim como a AV.Brasil) são vias importantíssimas, vitais, que cercam, em sua maioria, favelas. Mas agora, o que nos irá cercar será um muro, isso mesmo, a nossa prefeitura (com "p" minúsculo!) e o governo do Estado desenvolveram um projeto que prevê a construção de "barreiras acústicas" em torno das Linhas Vermelha e Amarela e só será instalado, segundo nosso dignissímo prefeito Eduardo Paes, nas áreas que são habitadas, as que não houverem habitação ficarão sem a proteção.(???)
A justificativa para o maquiamento é a nossa proteção auditiva, vão ter esse trabalho todo simplesmente para nos proteger da poluição sonora. Não sabia que nossa saúde auditiva preocupava tanto nosso prefeito!!! Estou honrada!!! Tanto que é prá nossa proteção que nós, moradores, não fomos consultados sobre o projeto e nem sabíamos de tal proposta. Acho que precisamos de coisas tão mais importantes...
Segundo um jornal que circula aqui na Maré (cujo nome ainda não foi definido), em uma entrevista com um grupo de fotográfos que trabalharam em cima desse tema e acabaram fazendo um documentário com o material coletado ( Muro, Vulgo Barreira Acústica), a falta de informação dos moradores em relação ao muro foi o que mais chamou atenção. Um dos fotográfos comentou: "O muro vai ser enfeitado com paisagens da cidade do Rio, principalmente por pontos turísticos da zona sul (...) as imagens vão enfeitar a via expressa. E dentro da favela? Essas barreiras servirão apenas para tampar a visão do turista (...)". Ainda completa que é contra, pois essa obra não beneficiará nenhum morador.
Será que não compreendem que estão nos calando? Nos excluindo mais ainda? Se as pessoas vêem essa realidade toda dia, passam por essa violência sempre e não fazem nada, imaginem se nos segregarem. E se, sem essa segregação fisíca já somos segregados moralmente, pensem no isso pode virar! Despertei prá esse fato lendo os comentários ofensivos dos leitores do jornal "o Globo" on line sobre a matéria que abordava esse assunto, comentários totalmente ofensivos, que me causaram ira perante a ignorância desses leitores, que não sei como são capazes de terem opiniões tão idiotas, sendo que lêem um dos tops (não digo o melhor) dos jornais cariocas. Ás vezes me parece que só eles têm o direito de sentir medo, o direito de reinvidicar, de elaborar e pôr planos em prática. Acho que vamos ser iguais a ratos de laboratório, não seria melhor pegar, não só as favelas da Maré, mas todas do Rio e por em cápsulas??? Por uma redoma em volta???
O problema está aqui e ninguém vê, soluções rápidas nem sempre são as certas, e quem tá de fora não sabe do que precisamos e passamos. Vamos ver como vão ser essas maquiagens até a Copa e que outras desculpas darão para as outras favelas.
A Av Brasil também margeia grandes favelas... e Aí??


Tudo isso é só prá nossa proteção...


Assistam o vídeo "Muro, Vulgo Barreira Acústica" no site http://favelaemfoco.wordpress.com/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mário Alves



Obra do acervo de João Sattamini com relatórios e cartas escritas pela esposa e filha relacionadas ao desaparecimento de Mário Alves.



Mário Alves

O assunto que abordei ontem coincidentemente vai ter uma extensão hoje. Visitei o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e a obra que mais me identifiquei foi esta da foto acima,(que perdoem-me, não anotei o nome do artista) que falava sobre o desaparecimento de Mário Alves em tempos ditatoriais no Brasil. Uma das cartas mais interessantes foi uma escrita por sua filha no dia de finados, relatando que a única coisa que ela mais queria nesse dia era poder levar flores, muitas flores, pro túmulo do pai. Comparou também os direitos garantidos pela Sociedade Protetora dos Animais aos Direitos Humanos, declarando que aqueles devem garantir mais dignidade a um ser irracional do que este. Em cima disto tudo eu refleti sobre o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, será que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos? Hipocrisia pura, muitos outras famílias passam pelo que a família Alves passa e Mários existiram e existem até hoje. E os direitos humanos? Estão aí prá que? Acho que prá me "proteger"....
Pesquisei sobre a vida de Mário e este foi o site que mais gostei...
Taí o resumo e o link prá quem se interessar!

"Em 1968, junto com Jacob Gorender, Apolônio de Carvalho e outros, Mário Alves fundou o PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário), militando clandestinamente.
Em 16 de janeiro de 1970, entre 19:30 e 20:00 horas, saiu de casa para voltar dentro de pouco tempo. Foi preso pelo DOI/CODI-RJ, para onde foi levado. Na madrugada do mesmo dia, Mário Alves morreu sob torturas.
Mário foi visto sangrando, abundantemente, na sala de tortura, por vários presos políticos que se encontravam no DOI/CODI, dentre os quais, René Carvalho, Antônio Carlos de Carvalho e o advogado Raimundo Teixeira Mendes .
Os soldados que serviam no PIC (Pelotão de lnvestigações Criminais), onde está situado o DOI-CODI, foram retirados do local, para que o corpo de Mário pudesse ser removido sem testemunhas.Apesar das evidências, os órgãos de segurança negam a prisão de Mário.
Em 01 de dezembro de 1987 foi julgada a apelação civil n° 75.601 (RJ), registro 2678420, onde sua mulher e filha conseguiram da União a responsabilidade civil por sua prisão, morte e danos morais. Foi o 1° caso de desaparecido político em que a União reconheceu sua responsabilidade. Foram advogadas as Dras. Francisca Abigail Barreto Paranhos e Ana Maria Müller.
Dilma, companheira de Mário Alves, enviou uma carta à esposa do cônsul brasileiro, seqüestrado no Uruguai. Destacamos aqui alguns trechos:

“Todos conhecem seu sofrimento, sua angústia. A imprensa falada e escrita focaliza diariamente o seu drama. Mas do meu sofrimento, da minha angústia, ninguém fala. Choro sozinha. Não tenho os seus recursos para me fazer ouvir, para dizer também que “tenho o coração partido”, que quero meu marido de volta. O seu marido está vivo, bem tratado, vai voltar. O meu foi trucidado, morto sob tortura, pelo 1° Exército, foi executado sem processo, sem julgamento. Reclamo seu corpo. Nem a Comissão de Direitos da Pessoa Humana me atendeu. Não sei o que fizeram dele, onde o jogaram.
Sei que a sra. não tem condições de avaliar meu sofrimento, porque a dor de cada um é sempre maior que a dos outros. Mas espero que compreenda que as condições que levaram meu marido a ser torturado até a morte e o seu seqüestrado são as mesmas; que é importante saber que a violência-fome, violência-miséria, violência-opressão, violência-atraso, violência-terrorismo, violência-guerrilha; que é muito importante saber quem pratica a violência - os que criam a miséria ou os que lutam contra ela”.

http://www.torturanuncamais-rj.org.br/MDDetalhes.asp?CodMortosDesaparecidos=305

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Um monstro ressuscitado, se é que um dia ele morreu...



Em um regime democrático um cidadão é proibido de tirar fotos de monumentos históricos. Esse cidadão? Eu! O sentimento que tive no momento em que ouvi a frase "Você não pode tirar fotos aqui!" foi de raiva! Tive raiva, muita raiva!!! Se não se pode tirar fotos prá guardar, nem outra merda qualquer, prá que expõem??? Porque não guardam junto aos arquivos da repressão ou enfiam em algum outro lugar mais apropriado....
Não! Eu, historiadora e fotógrafa amadora me senti de mãos e pés atados, quem é esse aí me ditando ordens? E o porque do "não"? Ah, motivos de segurança. Como que a foto de uma representação de uma batalha qualquer (a raiva era tanta que nem tive vontade de saber as origens) pode afetar a segurança de outrem ou de qualquer outra coisa que seja?! Nesse momento o monstro da ditadura teve seu sono perturbado e me pegou... E tantas outras pessoas que ainda não conseguiram sua liberdade por esse monstro existir até hoje?? As famílias dos desaparecidos da ditadura, que por ainda não terem aberto os arquivos da repressão (por ainda haver tal repressão), não possuem pistas concretas para descobrirem o que aconteceu com seus parentes e por onde andam os corpos destas vítimas. O monstro da ditadura, sobre suas várias facetas, ainda vive, e quem será o herói a nos defender dele? O regime “democrático”!!!!?????

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O tempo não para?



Como sabem estou de férias, passei uma semana fora sem Tv, jornal, rádio, internet ou outro tipo de comunicação com o mundo á fora, desligada do mundo e com uma sintonia total com a natureza, sorte a minha! Azar foi ter de voltar prá uma realidade que é sempre a mesma. Infelizmente voltei ontem e senti que o tempo parou. Achei que estaria totalmente alienada, mas ao me confrontar com a Tv, vi a mesmas notícias da semana passada, mesmos problemas: chuvas, inundações, mortes, assassinatos, Haiti, etc, só desgraças. E algo de bom? Nada! Acho que a única notícia boa, que embora boa ainda era em cima da catástrofe que ocorreu no Haiti, foi a de duas crianças salvas após passarem dias sobre os escombros.
O que alimenta os noticiários são as tragédias e isso é fato, mas o que os mantêm somos nós que aceitamos tudo que nos impõem, que acreditamos nas verdades deles. Não falo só em noticiários, mas também em relação aos programas inutéis e de encheção de linguiça diários que nos empurram, não somos seletivos naquilo que assistimos, ou seletivos no que estamos fazendo. Somos livres prá decidir se vamos viver nossas vidas ou as dos outros, sentados em frente á uma Tv pelo resto de nossos dias. Não é minha intenção viver alienadamente sem saber o que ocorre no mundo, isso já seria hipocrisia demais, mas hipocrisia maior é fazer dinheiro em cima da desgraça alheia, remoer sempre o mesmo assunto. E enquanto não aparece outra tragédia maior, vamos engolindo á seco novidades antigas na Tv...

"Se eu me isolar os problemas não cessam.
Se eu os encarar talvez soluções apareçam."

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Tempo, tempo...

De férias e sem tempo de escrever algo que eu ache que valha á pena, se é que das outras coisas foi possível retirar algum proveito!Rs
Carpe diem!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Família ê, família ah, família....

Estava escrevendo para um outro blog destinado á minha família, e percebi como é estranho ver a concepção de famílias tradicionais hoje em dia. Quando vejo na televisão o termo "família tradicional" ele se destina a designar uma família com poderes aquisitivos altos, a chamada família de classe alta, tudo relacionado ao dinheiro e não á representação real que uma família tem.
Uma família tradicional não se limita em ser constituída por um pai, uma mãe e filhos, com um vasto histórico tradicional(dinheiro), passado de geração em geração. E os laços? Não contam? Do que adianta uma família bem constituída com tudo que se tem direito em relação a bens materias e sem nenhum vínculo familiar, isso poderia ser muito bem uma família tradicional do séc 21, mas prá mim, a verdadeira essência de uma família tradicional está em extinção, não quero estar por cima, mas vejo que nasci (mesmo com algumas desavenças normais; briga de irmãos, nossos pais que sempre estão contra nós, rs)em uma ambiente familiar diferente, raro, prá mim: tradicional.
A minha família não se encaixa no esteriótipo de uma família tradicional; não somos de classe alta, nem possuímos altas heranças que conseguem ser passadas por gerações.
O pouco que temos dividimos ( alegrias, tristezas, até coisas materiais), em fins de semanas nos reunimos, não esbaldando grana e sim sentimentos. A certeza de que sempre que um precisar estaremos aqui, e podemos passar pela maior das tempestades, eles sempre estarão ali, esperando por você, preocupados contigo. O valor está nas coisas tão simples. Dinheiro????? Não compra família, amigos, sentimentos veradeiros. Sou tão sortuda que consegui tudo o que tenho de graça! O que faz da minha família uma das mais tradicionais ...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Uma escrava em férias


Hoje, meu primeiro dia de férias.
Penso o tanto de tempo ocioso que vou ter prá fazer um bando de coisa boas que não faço há tempos, mas ao mesmo tempo eu tenho uma infeliz certeza: Férias sempre acabam...
Estou há cinco anos como escrava. Não vejo a mínima diferença entre um trabalhador assalariado e o escravo. Se antes eles estavam confinados nas senzalas, obedecendo aos capatazes e submetidos ao senhor de engenho, hoje temos nossa confinação no ambiente de trabalho (que digamos de passagem, pelo menos no meu, não oferece uma boa infraestrutura para abrigar seres humanos) que nos rouba nossa mobilidade, nosso direito de ir e vir, Obedecemos um gerente, que nos diz o que devemos ou não fazer, e finalmente devemos nossa lealdade a nosso patrão ao qual vendemos nossa alma em troca de um lote de papel colorido todo mês... As relações de trabalho realmente mudaram só pela introdução da troca da minha força de trabalho por pedaços de papéis???
Comecei a me auto-destruir quando entrei nessa sociedade de consumo iniciada com minha entrada no mercado de trabalho... Sei que há contas á pagar, tenho serviços á prestar, fingir sorrisos á pessoas que nunca vi na minha vida, ser prestativa e educada com seres arrogantes(afinal, clientes tem sempre razão), cumprimentar e agradecer pessoas que nem se importam com minha existência; se estou tendo uma dia ruim hoje, se tenho problemas familiares, se estou indo trabalhar doente, pois se não o patrão manda embora! Quem se importa com você? Sou, nesses momentos, o que querem que eu seja: Uma escrava completa, até de sentimentos, de atos, faça o que te ordenam se não, rua! E no fim das contas... Será que sou mesmo uma menina livre?

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ano novo vida nova????

Pergunta antiga e nunca respondida...
Embora ela seja muitas vezes uma afirmação, ainda fica a dúvida quanto isso.
Individualmente podemos afirmar que o ano que passou foi muito bom, mas os notíciarios nos mostram o contrário, a mesma roubalheira (dos que usam ou não gravatas), o mesmo caos, pessoas passando fome(e a cada ano que passa parecem até serem as mesmas, se é que não são), os mesmos erros de um passado sempre presente...
E o presente??? Fogos e hipocrisia!! Uma combinação perfeita para um 2010 feliz!!!
E o povo ainda pede bis...